1. Onde tudo começou

  
Natural de Escada–PE, Ricardo Paiva, conhecido no mundo da capoeira como Mestre Galo, iniciou sua trajetória nos anos 1990 no Bloco Axé, um projeto carnavalesco voltado para manifestações afrodescendentes. Foi ali, ainda jovem, que teve contato com a capoeira por meio dos mestres Jailson e Pequena, ambos do Balé Afro Pernambucano.
 Inspirado pela energia e ancestralidade dessa arte, Mestre Galo encontrou na capoeira mais do que um movimento corporal: encontrou um propósito de vida — o de transformar realidades através da cultura, da educação e do respeito às raízes afro-brasileiras.


2. Desafios e propósito transformador

  
Os desafios sempre foram grandes. A capoeira, frequentemente marginalizada e associada a espaços periféricos, precisava ser ressignificada. Mestre Galo assumiu essa missão: tirar a capoeira da margem e colocá-la no centro do diálogo social, educativo e cultural.
 Com dedicação, começou a promover batizados, fóruns, encontros, campeonatos e lives temáticas, ampliando o alcance e o respeito pela prática. Ingressou na faculdade e passou a pesquisar o papel da capoeira nos campos pedagógico, psicopedagógico e da educação física, atuando na FAESC (Faculdade de Escada) em projetos de pesquisa e extensão, como o Capoeira no Campus.


3. Capoeira para todas as idades e realidades
  
Com um olhar sensível e inclusivo, Mestre Galo levou a capoeira a diversos públicos — da educação infantil à terceira idade. Seu trabalho com crianças, por exemplo, vai além da coordenação motora: envolve o ensino da história e cultura afro-brasileira, em conformidade com a Lei 10.639/2003.
 Também desenvolveu oficinas voltadas para pessoas com deficiência (PCDs), adaptando movimentos e conceitos da capoeira para contextos de inclusão escolar e social, sempre com base em princípios de acessibilidade e empatia.
 Na melhor idade, atua no uso da capoeira como ferramenta terapêutica e de condicionamento físico, promovendo saúde, autoestima e qualidade de vida.

4. Reconhecimento e legado
  
Com o passar dos anos, o nome Mestre Galo se consolidou como referência cultural e educacional. Seu trabalho o levou a ser reconhecido como Patrimônio Imaterial da Cidade de Escada, título concedido pelo Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico do município.
 Foi premiado com o Berimbau de Ouro, em Salvador, durante a edição comemorativa de 10 anos, e também contemplado com o 2º Prêmio de Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco – Edição Capoeira, representando a zona da mata do estado.
 Atualmente, ministra aulas gratuitas no Parque Janelas para o Rio, na EREM Eraldo Campos (Projeto Escola Aberta) e na EREM Vigário Pedrosa, levando sua arte e seu exemplo para centenas de alunos.
 Em 2025, recebeu o título de Melhor Professor de Capoeira do Município de Escada, concedido pela Agência Realiza Comunicação e Marketing — mais uma prova de que seu trabalho é guiado por carinho, compromisso e a vontade genuína de transformar vidas.

 “A capoeira é mais que movimento — é história, é resistência, é vida.” — Mestre Galo

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